31 de outubro de 2009

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987)


Carlos Drummond de Andrade


(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.

(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

(Resíduo)

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

Extraído de:

http://www.releituras.com/drummond_bio.asp

Harry Houdini, nome artístico de Ehrich Weiss, (Budapeste, 24 de Março de 1874 — Detroit, 31 de Outubro de 1926)










Harry Houdini, nome artístico de Ehrich Weiss, (Budapeste, 24 de Março de 1874 — Detroit, 31 de Outubro de 1926) foi um dos mais famosos mágicos dos Estados Unidos, para onde sua família emigrou quando ele tinha quatro anos, em 3 de julho de 1878, a bordo do SS Fresia. Teve uma infância muito pobre, o que o obrigou a trabalhar desde cedo. Foi perfurador de poços, fotógrafo, contorcionista, trapezista. Foi também ferreiro e nesse ofício ele aprendeu os truques que mais tarde o transformariam no maior mágico ilusionista do mundo. Certa vez, seu chefe encarregou-lhe de abrir um par de algemas cuja chave um policial perdera. Após inúmeras tentativas usando serras, Houdini teve a idéia de pinçar a fechadura para abri-la. Ele conseguiu e a maneira como o fez serviu de base para abrir todas as algemas que empregava em seus truques.

Desde então passou a se apresentar como mágico, fazendo números nos quais se libertava não só de algemas, mas também de correntes e cadeados, dentro de caixas, dentro de tanques fechados; dentro e fora d'água, de todo o jeito. Fez um sucesso enorme e ninguém até hoje conseguiu desvendar seus truques por completo, mesmo depois dele ter escrito boa parte dos segredos em livro.

Houdini tinha habilidades impressionantes. Era capaz, por exemplo, de ficar vários minutos dentro d'água sem respirar. E foi numa destas demonstrações de suas habilidades - a "incrível resistência torácica" - que ele morreu. Após apresentar o número para uma platéia de estudantes em Montreal, no Canadá, enquanto ele ainda exibia o "super" tórax, um dos estudantes, boxeador amador, invadiu os bastidores e sem dar tempo para que Houdini preparasse os músculos, golpeou-lhe o abdômem com dois socos. Os violentos golpes romperam-lhe o apêndice, e quase uma semana depois ele morreu, num hospital de Detroit. Era o fim de Harry Houdini, considerado até hoje o maior mágico que já existiu.

Houdini também atuou como um desenganador, ou seja, desmascarando pessoas que alegavam possuir poderes sobrenaturais tais como médiuns.

Extraído de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_Houdini

30 de outubro de 2009

30 de outubro - Mitologia celta: Dia de Morrigan, patrona das sacerdotisas e das bruxas

Morrígan ("Terror" ou "Rainha Fantasma"), também escrita Mórrígan ("Grande Rainha") (aka Morrígu, Mórríghean, Mór-Ríogain) é uma figura da mitologia irlandesa (céltica) que aparenta ser uma divindade, embora não seja referida como "deusa" nos textos antigos.

Representado comumente como uma figura terrível, nas glosas dos manuscritos medievais irlandeses como uma equivalente a Alecto - uma das Fúrias na mitologia grega - de fato, um dos textos refere-se a Lamia como "um monstro de formas femininas, i. e., uma Morrigan" - ou ainda como o demônio hebreu Lilith. Associada com a guerra e a morte no campo de batalha, algumas vezes é anunciada com a visão de um corvo sobre carcaças, premonição de destruição ou mesmo com vacas. Considerada uma divindade da guerra, comparável às Valquírias da mitologia germânica, embora sua associação com o gado bovino permita também uma ligação com a fertilidade e o campo. É com freqüência vista como uma divindade trinitária, embora as associações desta tríade variem: a mais freqüente dá-se de Morrígan com Badb e com Macha - embora algumas vezes incluem-se Nemain, Fea, Anann e outras.

Extraído de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Morrigan

Céus!!! O quê tinha no meu cafezinho!?

Guerra dos Mundos - Orson Welles

A invasão dos marcianos

O cenarista Orson Welles, em outubro de 1938, propôs à rádio Columbia Broadcasting System uma transmissão diferente: uma adaptação de A guerra dos mundos. A obra é um dos livros de ficção científica mais famosos do escritor H.G. Wells. Na época de sua publicação, foi considerado perigoso, pois poderia causar fobias nos leitores.

Depois de passar 15 dias convencendo a direção da rádio a não colocar a locução na programação do dia, a transmissão foi ao ar às 20 horas do dia 30 de outubro daquele ano.

Depois das previsões meteorológicas, a rádio começou a tocar música. Houve uma interrupção brusca e o locutor disse: "A C.B.S. interrompe seu programa para anunciar aos ouvintes que um meteoro de grandes dimensões caiu em Grovers Hill, no Estado de Nova Jersey, a algumas milhas de Nova York". A música voltou e novamente foi interrompida para a entrevista com um professor de meteorologia sobre a origem dos meteoros. Em seguida entrou no ar um repórter falando sobre o meteoro e os muitos curiosos ao redor. Então, o enviado especial começou a descrever o meteoro se abrindo e dele saindo seres gigantescos com tentáculos. De repente, ele foi morto por raio disparado pelos seres extraterrestres.

Ruídos na rádio foram seguidas de uma locução sobre os invasores do planeta Marte em batalha com a polícia e que o conflito estava atingindo outras áreas além de Grovers Hill. O locutor anunciou a morte de pessoas.

Enquanto isso, em Nova York e em outras regiões próximas, quartéis dos bombeiros, postos policiais, hospitais, redações de jornais foram invadidos por multidões. Eram as pessoas alarmadas. Naquela época, a Europa tinha sinais de guerra e os americanos temiam uma invasão. O rádio exercia grande influência na população e as pessoas realmente acreditaram na transmissão da invasão dos marcianos.

Na cidade mais próxima ao local da batalha, Newmark, 50 mil pessoas fugiram de suas casas em busca de abrigos naturais. Em várias outras cidades, pessoas se jogaram de janelas, se suicidaram, saíram histéricas nas ruas. A população estava verdadeiramente apavorada com os visitantes hostis.

Ainda parte da simulação, foi ao ar uma declaração do secretario de Estado do Interior dizendo que as pessoas deveriam sacrificar a própria vida para que fizessem prevalecer a vida humana na Terra. E o locutor anunciou que os monstros estavam próximos a Nova York.

Logo chegaram à CBS as primeiras notícias de que a população estava histérica. No entanto, o diretor da estação resolveu não anunciar que tudo não passa de um transmissão fictícia e decidiu continuar. Foi narrado, então, o início da invasão a Nova York. Um gás mortífero estava no ar e atingiu até mesmo os prédios mais altos. O locutor foi vítima da arma assassina e caiu morto. Logo a transmissão chegou ao fim. Depois de poucos segundos, o locutor disse: "Vocês acabaram de ouvir a primeira parte de uma irradiação de Orson Welles, que radiofonizou A guerra de dois mundos, do famoso escritor inglês H. G. Wells".

Durante todo esse tempo, Orson Welles esteve na Flórida, bebendo uísque e ouvindo a transmissão com amigos, sem imaginar que a brincadeira levara muitas pessoas ao desespero total. Depois desse episódio, que virou manchete nos jornais do mundo todo, ele se tornou famoso.

Extraído de:

http://www.pucrs.br/famecos/vozesrad/guerradosmundos/index2.htm

29 de outubro de 2009

Winona Ryder - Scene from 'Great Balls Of Fire' #1

Cena do filme: A Fera do Rock (Great Balls of Fire!, 1989), uma biografia do cantor Jerry Lee Lewis (aqui interpretado por Dennis Quaid) e sua explosão meteórica no mundo do rock'n roll nos anos 1950 nos Estados Unidos. Mostra também seu envolvimento com Myra Gale Lewis (Winona Ryder), com quem casou-se quando ela tinha apenas 13 anos.

Winona Ryder, nome artístico de Winona Laura Horowitz, (Condado de Olmsted, 29 de outubro de 1971)





















Winona Laura Horowitz nasceu no Condado de Olmsted, em Minnesota (EUA). Seus pais Michael e Cindy Horowitz eram hippies assumidos. Aos 12 anos, Winona já pensava em seguir a carreira de atriz. Para isso, ingressou no American Conservatory Theather em São Francisco e, no ano seguinte, começou a fazer testes para Hollywood. Foi reprovada em alguns até conseguir o seu primeiro papel principal em ''Ciranda de Ilusões'' (Square Dance), no ano de 1987.
A versatilidade de Winona lhe rendeu trabalhos que foram da comédia ao drama. Com "A Época da Inocência'', de Martin Scorsese, a atriz levou o Globo de Ouro de "Melhor Atriz Coadjuvante" em 1993. Sua interpretação em ''Adoráveis Mulheres'' valeu duas indicações ao Oscar de "Melhor Atriz Coadjuvante", em 1994.
Cinco anos depois, Ryder produziu o filme "Garota Interrompida". Foi nessa época que a atriz experimentou o gosto amargo da carreira após o fracasso de "Outono em Nova York", no qual contracenou ao lado de Richard Gere, e a acusação de ter furtado peças de roupa, em Beverly Hills, em 2001.
A atriz teve um longo relacionamento com o ator Johnny Deep, com quem contracenou em "Edward Mãos de tesoura", em 1990. Os dois chegaram a ficar noivos, mas seus planos não vingaram.

Extraído de:

http://entretenimento.br.msn.com/famosidades/festa-artigo.aspx?cp-documentid=22334531

26 de outubro de 2009

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, ou Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976)
















Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia do futuro pintor. Quando seu pai morre em 1914, Di obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a REVISTA FON FON. Antes que os trepidantes anos 20 se inaugurem vamos encontrá-lo estudando na Faculdade de Direito. Em 1917 transferindo-se para São Paulo ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Segue fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti freqüenta o atelier do impressionista George Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade. Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai. Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, cria para essa ocasião as peças promocionais do evento: catálogo e programa. Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Freqüenta a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdan e Paris. Conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses. Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Segue fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.

Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto a sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários. Inicia suas participações em exposições coletivas, salões nacionais e internacionais como a International Art Center em Nova Iorque. Em 1932, funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofre sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista. Casa-se com a pintora Noêmia Mourão. Publica o álbum A Realidade Brasileira, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalha na rádio Diffusion Française nas emissões Paris Mondial. Viaja ao Recife e Lisboa onde expõe no salão “O Século” quando retorna é preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá e é preso com Noêmia. Libertado por amigos, seguem para Paris, lá permanecendo até 1940. Em 1937 recebe medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris.

Com a iminência da Segunda Guerra deixa Paris. Retorna ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegam ao destino, extraviam-se. Passa a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viaja para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Conhece Zuília, que se torna uma de suas modelos preferidas. Em 1946 retorna à Paris em busca dos quadros desaparecidos, nesse mesmo ano expõe no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Ilustra livros de Vinícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947 entra em crise com Noêmia Mourão - "uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito complicado...". Participa com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Segue criticando o abstracionismo. Expõe na Cidade do México em 1949.

É convidado e participa da I Bienal de São Paulo, 1951. Faz uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Beryl passa a ser sua companheira. Nega-se a participar da Bienal de Veneza. Recebe a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi. Em 1954 o MAM, Rio de Janeiro, realiza exposição retrospectivas de seus trabalhos. Faz novas exposições na Bacia do Prata, retornando à Montevidéu e Buenos Aires. Publica Viagem de minha vida. 1956 é o ano de sua participação na Bienal de Veneza e recebe o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Adota Elizabeth, filha de Beryl. Seus trabalhos fazem parte de exposição itinerante por países europeus. Recebe proposta de Oscar Niemayer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada também pinta as estações para a Via-sacra da catedral de Brasília.

Década de 60
Ganha Sala Especial na Bienal Interamericana do México, recebendo Medalha de Ouro. Torna-se artista exclusivo da Petite Galerie, Rio de Janeiro. Viagem a Paris e Moscou. Participa da Exposição de Maio, em Paris, com a tela TEMPESTADE. Participa com Sala Especial na VII Bienal de São Paulo. Recebe indicação do presidente João Goulart para ser adido cultural na França, embarca para Paris e não assume por causa do golpe de 1964. Vive em Paris com IVETE BAHIA ROCHA, apelidada de Divina. Lança novo livro, Reminiscências líricas de um perfeito carioca e desenha JÓIAS para Lucien Joaillier. Em 1966 seus trabalhos desaparecidos no início da deácada de 40 são localizados nos porões da Embaixada brasileira. Candidata-se a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas não se elege. Seu cinquentenário artístico é comemorado.

Década de 70
A modelo MARINA MONTIN é a musa da década. Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organiza retrospectiva de sua obra e recebe prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Comemora seus 75 anos no Rio de Janeiro, em seu apartamento do Catete. A Universidade Federal da Bahia outorga-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Faz exposição de obras recentes na Bolsa de Arte e sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá é reproduzido em selo. Falece no Rio de Janeiro em 26 de Outubro de 1976.

Extraído de:

http://www.galeriaerrolflynn.com.br/biografiadicavalcanti.htm