A sua vida de artista começa a formar-se aos treze anos, quando trabalhou num atelier de estofagem. Neste atelier, Kupka é influenciado pelos temas do ocultismo, através do seu chefe. Reconhecidos os seus dotes artísticos, Kupka ingressa na Escola de Artes Aplicadas de Jaromer. Mais tarde, entra na Academia de Belas Artes de Praga, onde se licencia em 1892.
Após a licenciatura, Kupka parte para Viena, Áustria, onde estuda na Akademie der Bildenden Küste, e toma contato com Gustav Klimt, Arnold Schönberg e Sigmund Freud, aprofundando o seu lado oculto.
Em 1896 viaja para Paris, onde se instala definitivamente. A Cidade das Luzes irá ter um efeito libertador da influência obscura de Viena. Estuda na Académie Julian e na École des Beaux-Arts. Trabalha, nos primeiros anos passados em Paris, em ilustrações para publicações, de conteúdo satírico, como Cocorico e L'Assiette au Beurre, e na elaboração de cartazes.
Por volta de 1906, Kupka dedica-se ao estudo da cor, elaborando pinturas de colorido intenso, e de pinceladas arbitrárias. Influenciado pelos irmãos Duchamp Villon, seus vizinhos no bairro Puteaux, onde residia, Kupka frequenta reuniões dedicadas às artes plásticas, e à ligação da matemática ao cubismo. Kupka inicia, assim, o caminho para a abstração, através de pinturas como Discos de Newton (1911) ou Amorfa (1912). Em 1912, Kupka, juntamente com Robert Delaunay, Fernand Léger e Francis Picabia, faz parte de um grupo de artistas integrados no movimento cubismo órfico.
Durante a 1ª Grande Guerra, Kupka alista-se no exército, e chega à posição de capitão. Nos anos seguintes, e com as influências recebidas pela guerra, Kupka inicia o chamado ciclo orgânico. A sua primeira exposição individual, em 1920, é bem aceita pela crítica, mas fracassa em vendas. Este período é uma fase difícil para Kupka, dado o seu trabalho não ser reconhecido, e retira-se da vida artística.
A década de 30 é uma fase de mudança positiva para Kupka. É convidado para fazer parte da associação Abstraction-Création, e expõe durante três anos as suas obras. Neste período, a sua obra dedicada ao abstracionismo geométrico retorna.
Os anos 40 marcam, de novo, uma fase negativa para Kupka, que se vê obrigado a retirar de Paris, em 1940. A 2ª Guerra Mundial leva a que Kupka, dado o fato de ser checo, se refugie na cidade de Beaugency. Só no pós-guerra é que, finalmente, é reconhecida a obra de Frantisek Kupka. Morre na sua casa de Puteaux em 1957.
http://pt.wikipedia.org/wiki/František_Kupka
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