12 de abril de 2009

Alle Scheisse!


Brasília, 12 de abril de 2009.


É fato que às vezes cansa não saber. Inteligente fosse, contentar-me-ia em muito antes da ansiedade pelo desejo de saber, simplesmente não quisesse. Cada dia venho acreditando mais e mais, que por mais que um querer qualquer pode ser, e não raro é, completamente independente do puro desejo de qualquer indivíduo, vejo-me às voltas com um querer tão estupidamente infantil, totalmente avesso a qualquer razoabilidade, que a carapuça do mimo e capricho insensato, e que acarreta em um eterno auto atentado, que afasta-me mais e mais de meus objetivos práticos, cabe não como uma luva, mas como carapuça que é.
Devo lembrar que “pensar dói!”. Mas até para chegar a essa pérola razoável do ser humano dotado de raciocínio, como a própria expressão deixa evidente, é necessário pensar. E cá estou novamente dando voltas que acabam levando-me a atalhos antípodas de onde desejo chegar, e aí lembro que talvez não tenha planejado chegar a lugar algum, não obstante seja necessário um empurrão, uma porrada, um murro bem dado na boca do estômago, pra sair da estagnação que corrói.
Inércia é o caralho! Não tenho desejo de ficar inerte, e logo concluo que essa ânsia pela cinética, pela dinâmica, pelo movimento que expanda mais os panoramas, horizontes, circunstâncias e conduza aos limites antagônicos do conforto e do desconforto, são manifestações impensadas e totalmente recheadas de insegurança, temor e imaturidade.
Chega de mim!

Rodrigo

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