Patativa do Assaré e a cultura Popular, por Rosemberg Cariry - A cultura popular nordestina é uma cultura diversificada, rica e complexa, que vem plasmando-se, através dos séculos, com a contribuição de muitos povos e de muitas culturas, desde o processo de colonização até a contemporaneidade. Esta cultura popular, regional e universal ao mesmo tempo, é inesgotável fonte de renovação para os mais importantes movimentos culturais e artísticos do País. Impossível citar todos os nomes nos diversos campos das artes. Escritores, poetas, artistas e pensadores de todo o País têm obras fertilizadas com os signos da cultura nordestina. Se esta cultura pode oferecer elementos para a construção das artes contemporâneas e eruditas é porque tem a capacidade de também gerar seus próprios artistas, escritores e poetas, inseridos na vida cotidiana. E aqui falamos de artistas genuinamente populares, nascidos no seio do povo, aplaudidos e amados por esse mesmo povo. Como exemplo maior da força comunicativa e social da nossa poesia popular, temos Patativa do Assaré, um dos maiores poetas populares brasileiros de todos os tempos, síntese de todas essas vertentes, profundo elo que une o passado ao presente, projetando-se para o futuro.
Mesmo hoje, após a sua morte, Patativa do Assaré é tido como uma referência literária popular já clássica. A sua poética foi estudada em centros acadêmicos na Europa e no Brasil, e o reconhecimento oficial veio através das muitas homenagens que recebeu de importantes instituições acadêmicas como o título de doutor "Honoris Causa" da Universidade Regional do Cariri, da Universidade Estadual do Ceará e da Universidade Federal do Ceará. Em 1995, recebeu das mãos do Presidente da República, em ato público no Teatro José de Alencar, prêmio do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, além de dezenas de outras comendas e títulos, em todo o País.
Basta dizer que, Mesmo quando ainda era violeiro e encantava os sertões com o som da sua viola e a beleza de seus versos improvisados, a sua fama já chegava aos salões literários das grandes cidades, e a sua obra despertava o interesse de renomados escritores e intelectuais brasileiros. Patativa do Assaré é um cristão primitivo e radical que bebeu na fonte do melhor humanismo. Se o Brasil não tem ainda o seu poeta-nacional, que simbolize e expresse o sentimento de nação, como Garcia Lorca na Espanha, Pablo Neruda no Chile, Camões em Portugal ou Nazin Hikmet na Turquia, o Nordeste, popular e rebelado, tem o seu: PATATIVA DO ASSARÉ.
Realizar um filme documentário sobre Patativa do Assaré é desvendar não apenas a biografia e a obra de um poeta, mas mergulhar no vasto oceano da cultura coletiva e tatear os caminhos onde a história individual se encontra com o destino histórico de todo um povo. Para elaboração deste trabalho, foram pesquisadas muitas fontes escritas e da tradição oral; muitos registros audiovisuais e iconográficos. Todo este material, rico de informações e de suportes variados, destaca a relevância da obra patativiana, o significado político dos seus atos e a sua imensa contribuição à cultura brasileira.
Patativa do Assaré participou de importantes momentos políticos brasileiros: Ligas Camponesas, resistência à ditadura militar, campanha pela Anistia e pelas Diretas Já. Na área cultural, foi homenageado pela Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (1979) e participou ainda dos principais movimentos culturais do seu tempo: Movimento de Cultura Popular (MCP – Recife), Festivais de Música Popular Brasileira, Grupo de Arte Por Exemplo, Movimento Nação Cariri e Encontro das Culturas Populares do nordeste, entre tantos outros. A partir de 1970, Patativa do Assaré passou a simbolizar para os jovens nordestinos uma voz da resistência e das lutas democráticas. Além da imagem “oficial” do poeta, o documentário mostrará aspectos do trabalho na roça, do cotidiano com a família e com os amigos, no sítio Serra de Santana e na cidade de Assaré, onde era chamado pelo nome carinhoso de “Senhorzinho”.
Basta dizer que, Mesmo quando ainda era violeiro e encantava os sertões com o som da sua viola e a beleza de seus versos improvisados, a sua fama já chegava aos salões literários das grandes cidades, e a sua obra despertava o interesse de renomados escritores e intelectuais brasileiros. Patativa do Assaré é um cristão primitivo e radical que bebeu na fonte do melhor humanismo. Se o Brasil não tem ainda o seu poeta-nacional, que simbolize e expresse o sentimento de nação, como Garcia Lorca na Espanha, Pablo Neruda no Chile, Camões em Portugal ou Nazin Hikmet na Turquia, o Nordeste, popular e rebelado, tem o seu: PATATIVA DO ASSARÉ.
Realizar um filme documentário sobre Patativa do Assaré é desvendar não apenas a biografia e a obra de um poeta, mas mergulhar no vasto oceano da cultura coletiva e tatear os caminhos onde a história individual se encontra com o destino histórico de todo um povo. Para elaboração deste trabalho, foram pesquisadas muitas fontes escritas e da tradição oral; muitos registros audiovisuais e iconográficos. Todo este material, rico de informações e de suportes variados, destaca a relevância da obra patativiana, o significado político dos seus atos e a sua imensa contribuição à cultura brasileira.
Patativa do Assaré participou de importantes momentos políticos brasileiros: Ligas Camponesas, resistência à ditadura militar, campanha pela Anistia e pelas Diretas Já. Na área cultural, foi homenageado pela Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (1979) e participou ainda dos principais movimentos culturais do seu tempo: Movimento de Cultura Popular (MCP – Recife), Festivais de Música Popular Brasileira, Grupo de Arte Por Exemplo, Movimento Nação Cariri e Encontro das Culturas Populares do nordeste, entre tantos outros. A partir de 1970, Patativa do Assaré passou a simbolizar para os jovens nordestinos uma voz da resistência e das lutas democráticas. Além da imagem “oficial” do poeta, o documentário mostrará aspectos do trabalho na roça, do cotidiano com a família e com os amigos, no sítio Serra de Santana e na cidade de Assaré, onde era chamado pelo nome carinhoso de “Senhorzinho”.
http://www.cronicascariocas.com.br/biografias_patativa_do_assare.html
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