Brasília, 13 de março de 2009.
De um quarto ou quinto sentido
Saído de um cesto de roupas sujas
Tecidos rotos, sujos, puídos
Inanimados, sem jaça nem força
Esperando que alguém lhes vasculhe os bolsinhos
Sem esperança de achar qualquer coisa
Que o próprio ato desmente a descrença
Pois ninguém busca o que a mente não ousa
E talvez até por esse mesmo motivo
De revirar vestes sujas e seus bolsos
De hora a outra, e sem muito esforço
O gesto humilde revelou sua força
Um dedo seu esbarrou num cantinho
Que abrigava um pequeno quadrado
E trouxe então esse dedo suado
Os microgramas que alteram os sentidos
Rodrigo
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