Nascido em uma família musical (seu pai Cliff foi saxofonista profissional e sua mãe Betty uma cantora), Townshend demonstrou desde cedo fascinação pela música. Ainda criança foi exposto ao rock and roll americano, ganhando de sua avó aos 12 anos seu primeiro violão.
Em 1961 Townshend matriculou-se na Ealing Art School e, um ano depois, ele e John Entwistle, um antigo colega da Acton County Grammar School, fundaram sua primeira banda, The Confederates, um dueto de Dixieland apresentando Townshend no banjo e Entwistle no trompete. A partir daí eles passaram por outros grupos, finalmente entrando para o The Detours, uma banda de skiffle encabeçada pelo metalúrgico Roger Daltrey que, sob a liderança de Townshend, transformaria-se mais tarde no The Who. Pouco tempo depois eles foram atraídos pelo publicitário mod Peter Meaden, que os convenceu a mudar seu nome para The High Numbers e assumir um estilo mod. Depois de lançar um compacto ("Zoot Suit"), eles assinaram contrato com dois novos empresários, Chris Stamp e Kit Lambert. Era o início da carreira do The Who.
Depois de alguns meses o The High Numbers voltou a se chamar The Who. Os primeiros compactos que Townshend compôs para a banda, como "I Can't Explain", "Substitute" e "My Generation", combinavam um senso lírico irônico e psicologicamente astuto com uma música impactante, às vezes crua, uma mistura que se tornaria a marca registrada da banda. Durante os primórdios do The Who, Townshend se tornou conhecido por seu estilo excêntrico no palco, frequentemente interrompendo os shows para dar longas explicações sobre as músicas, girando seu braço direito contra as cordas da guitarra e às vezes destruindo completamente seu instrumento. Embora a primeira guitarra tenha sido quebrada por acidente, a destruição no palco se tornaria uma rotina nas apresentações da banda. Townshend, sempre volúvel em suas entrevistas, relacionaria mais tarde essa rotina com as teorias do pintor austríaco Gustav Metzeger sobre a arte auto-destrutiva, as quais ele foi exposto na escola de arte.
O The Who ainda continua a se apresentar, apesar da morte de dois de seus integrantes originais. Eles são considerados por muitos críticos de rock como uma das melhores bandas do final dos anos 60 e começo dos 70, resultado de uma combinação única de volume no talo, carisma, uma ampla variedade de ritmos e um som altamente energético que se alternava entre acordes estritamente necessários e improvisos generosos.
Townshend se destacou como compositor principal do grupo, contribuindo com mais de 100 canções espalhadas entre os 10 álbuns de estúdio da banda. Entre seus trabalhos mais conhecidos está a criação de Tommy, para o qual o termo "ópera rock" foi criado, além da inovação no uso de feedback e a introdução do sintetizador como um instrumento de rock. Townshend revisitou a técnica de contar histórias em álbuns várias vezes durante sua carreira, e permanece como o músico mais associado ao formato de ópera-rock. Townshend também demonstrou um talento prodigioso na guitarra, sendo de importância primordial no desenvolvimento de um estilo único que combinava aspectos de guitarra rítmica e base numa mistura característica de abandono e sutileza.
Townshend foi casado com Karen Astley de 1968 a 1994. Eles tiveram três filhos, Emma (nascida em 1969), Aminta (nascida em 1971) e Joseph (nascido em 1989). Embora separado, o casal não se divorciou oficialmente. Pete vive atualmente em Richmond, Inglaterra, com a cantora e pianista Rachel Fuller.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pete_Townshend
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