Filho do poeta russo Arseni Tarkovski, autor de muitos dos poemas recitados em seus filmes, nasceu em 1932. Tendo se formado em Geologia, abandona a profissão para se dedicar ao cinema, iniciando sua carreira ao entrar no Instituto Central de Cinema da URSS (VGKI) em 1956. Em 1960 dirige seu primeiro filme um média metragem de 44 minutos (O Rolo Compressor e O Violinista) e em 1962 ganha o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o seu segundo trabalho, A Infância de Ivan.
Com o ambicioso filme Andrey Rublev (1966), sobre a vida do famoso pintor russo, o realizador apresenta características que formariam a base principal de seu cinema: intimista, conciso e com boa atenção para com os detalhes.
Em 1972 lança Solaris, um complexo filme misto ficção científica e drama existencial, com discretas citações do filme 2001: Uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick. Esse filme é considerado por muitos seu melhor trabalho.
Seus filmes posteriores, O espelho (1974), filme com altos traços autobiográficos e principalmente Stalker (1979), apesar de apresentarem a boa qualidade do diretor, são prejudicados pela forte censura existente na URSS.
Desiludido com o controle exercido sobre o seu trabalho, Tarkovski decide sair da URSS em 1983. Nesse mesmo ano lança Nostalgia. Ainda, depois de Nostalgia, filmaria O Sacrifício.
De personalidade irritadiça e muitas vezes angustiada, o realizador sempre recusou qualquer tipo de influência e controle sobre o seu trabalho. Sua obra é marcada por um profundo sentido espiritual, e seu compromisso com a arte ficou marcado em seu livro Esculpir o Tempo, obra essencial a todos os amantes da sétima arte.
Morreu em Paris em conseqüência de um câncer no pulmão em 1986.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Andrei_Tark%C3%B3vski
Trecho de Solyaris (Solaris, 1972) de Andrei Tarkovsky
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