2 de março de 2010

Quarentenário


Passei os dias que antecederam meu quarentenário, incontáveis e morosos dias, centenas de milhares de minutos, milhões de segundos, frações e razões de tempo sem fim, fazendo um balanço desses quarenta carnavais (odeio carnavais! não precisei tanto tempo para perceber isto), e reparando que estava muito longe, mas longe o bastante daquilo que me parecia um saldo minimamente positivo. E eu... bem... para quem esperava renascer aos quarenta, me sentia demasiadamente sem estímulo para sair procurando forças, um motivo que me bastasse (certamente dois me confundiriam), e fazer o que se anunciava urgentemente necessário. Precisava sair da caverna, sacudir a carcaça já gasta (sem dúvida muito para lá de sua meia vida...), e remover teias, poeira, ácaros e demais elementos oriundos do ócio, comensais de minha produção abstrata e contexto de vida, e tentar fazer algo. Apor minha digital em algo com todas as etapas: começo, meio e fim, e nesse fim, uma meta ao menos alcançada. Mas... como!? Isso seria algo inédito em minha existência até aquele momento. Bem dizia meu irmão: "Pensar dói!". Acrescentaria a esta frase, a seguinte: “... e viver destrói!”.

(continua)

Rodrigo

2 comentários:

  1. Viver faz mal à saúde, dizem. Mas é tão bom, né? rs
    Parabéns pela data, moço. E num se apoquente não, vc é um "teen"!

    Beijocas.

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  2. Sim, viver mata, é fato. Sou agora um "Quaren teen", Moça, rs. Tu já conhece essa, bem sei. Beijo e obrigado pelo alento.

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