Noam Chomsky
Autor(a): Thais Pacievitch
Data: 29/04/2009
É autor de uma contribuição fundamental à linguística moderna, com a formulação teórica e o desenvolvimento do conceito de gramática transformacional, ou generativa, cuja principal novidade está na distinção de dois níveis diferentes na análise das frases: por um lado, a “estrutura profunda”, conjunto de regras de grande generalidade a partir das quais é gerada, mediante uma série de regras de transformação, a “estrutura superficial” da frase.
Este método permite basear a identidade estrutural profunda entre frases superficialmente diferentes, como acontece com a voz ativa e a voz passiva de uma frase. No nível profundo, a pessoa possui um conhecimento tácito das estruturas fundamentais da gramática, que Chomsky considerou, em grande medida, inato. Baseado na dificuldade de explicar a competência adquirida pelos falantes nativos de determinado idioma a partir da experiência deficitária recebida de seus pais, considerou que a única forma de entender o aprendizado de uma língua era postular uma série de estruturas gramaticais inatas (já nascidas com o indivíduo), as quais seriam comuns, portanto, a toda a humanidade.
Neste sentido, poderia se falar de uma gramática universal, a cuja demonstração e desenvolvimento têm sido dedicados diversos estudos que partiram das idéias de Chomsky. Além de suas atividades no campo linguístico, Chomsky frequentemente interveio no setor político, provocando diversas polêmicas com suas denúncias sobre o imperialismo estadunidense, desde o começo da Guerra do Vietnam e suas reiteradas críticas ao sistema político e econômico dos Estados Unidos.
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