16 de agosto de 2010

Alopatia


Benditos analgésicos da dor abstrata. Interessante é reparar como nos tornamos reféns de nosso pensamento, e ao mesmo tempo, como é insubordinado o pensar em certas circunstâncias. Aí entram ansiolíticos, antidepressivos, hipnóticos, indutores do sono, ahhhhhhh! E tudo lícito, bastando uma receita que não é tão difícil conseguir. Laboratórios, que espetáculo, que organização, que lucros!!! O tráfico de drogas deve assemelhar-se a eles. Ai meus sais, acho que vou ingerir mais um comprimido de alprazolam, sei lá, me deu uma angústia repentina. Se tiver acabado tomo um clonazepam mesmo, mas se ele não segurar meus pensamentos, vou apelar para o flurazepam. Ainda assim, não consigo me sentir bem... Apático, bloqueado, mas há tempos não me sinto vivo. As pessoas são burras, previsíveis, limitadas demais. Me equivoco drasticamente com elas. No meu mundo resto eu e meus traumas, cada dia me isolo mais, cada dia vivo menos, cada dia acredito menos, cada dia que passa, menos desejo tenho. A idéia de me relacionar suscita desilusões, frustrações, sofrimento. Desperto repulsa nas pessoas, não gosto de mentira, sou besta. Penso que sou tão não-convencional na sociedade onde existo, que preferem manter-me a distância, pareço desagradável e lamento isso... Sei lá que merda é essa, mas acho que enfim, vou tomar mais um bromazepam. (maybe...)

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